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Imagem: Equipe Entremeios

Aprovado pelo edital do Fundo Municipal de Cultura, com o objetivo principal de estimular o desenvolvimento de expressões artísticas visuais em Anápolis, surge o "Entremeios: Mostra de produções artísticas independentes". O projeto unirá obras como pintura, desenho, arte digital, arte urbana, fotografia, colagem e demais obras visuais dialogadas com a cultura contemporânea como cultura pop, quadrinhos, underground, de rua games entre outras.

As obras serão selecionadas por uma comissão para a exposição que ocorrerá no Museu de Artes Plásticas de Anápolis - MAPA, de janeiro a março de 2020.


A Entremeios acontecerá em duas fases, "Na primeira etapa vamos selecionar 12 artistas, depois esses artistas vão passar por umas oficinas e orientações quanto ao trabalho. Desses 12 aproximadamente 6 serão selecionados para ir para a mostra" explica Paula Dunck, produtora do projeto. Paula é aluna da Escola de Artes Oswaldo Verano, e trabalhou anteriormente com gestão de projetos de terceiros. Entretanto esse é o primeiro desenvolvido por ela.




Imagem: Ana Livia Rodrigues/ Vernissage

Além da oportunidade de divulgação, dentre as vantagens da iniciativa a produtora cita o fato de que é um meio para o artista anapolino garantir seu espaço e não precisar buscar a visibilidade em outras cidades como Goiânia, Brasília ou São Paulo. "E de benefício bem específico do projeto é o fato de que o artista não vai ter custo, nós vamos custear algumas coisas como impressão, moldura, a gente vai dar orientação em relação a isso. O projeto é gratuito." afirmou.



Foto: José Loures // Aconteceu no dia 24 de outubro uma roda de conversa na Escola de Artes Oswaldo Verano para apresentar o projeto e o regulamento.

"Agora com a Entremeios, vamos poder expor na cidade também os artistas que têm uma produção atual, mas que é independente das questões institucionalizadas da arte que está nos livros, nos museus e galerias." afirma Joardo Filho, orientador na Escola de Artes Oswaldo Verano, participante da comissão de seleção e oficinas.




A ARTE ENTRE OS MEIOS


Paula conta que o termo "arte independente" tem sido uma construção para a equipe, porque não existe literatura falando sobre o tema em específico. Ela pondera que estão pensando em todas as linguagens e técnicas visuais que se relacionam com as linguagens contemporâneas como cultura underground, de rua, games, arte conceitual, arte documental entre outras.


A escolha do nome para o projeto, segundo a produtora, surgiu em meio a discussões a respeito da definição do que seriam as artes independentes na cidade.

"Nós temos três instituições bem formadas na cidade. Temos a Escola de Arte, que trabalha principalmente com arte mais clássica, mas a gente percebeu lá dentro que tem muito aluno que aprende a arte clássica mas desenvolvem outras artes, muito voltadas pro quadrinho, pro game, pra gravura e pra algumas outras temáticas. E temos outras duas instituições que é o MAPA e a Galeria de Artes Antônio Sibasolly, e elas trazem muito da arte contemporânea institucionalizada. E a gente falou brincando que algo fica no meio disso. E o José Loures acabou sugerindo falando assim "É alguma coisa que fica entre meio ali" e acabou ficando esse nome." explica.

A exposição na Universidade Federal de Goiás conta com a participação das ilustradoras Mariana Massarani e Ciça Fittipaldi



Obras de Ciça Fittipaldi e Mariana Massarani / Foto: Ana Lívia Rodrigues

O evento Banquete de Livros apresenta nessa reedição uma exposição com ilustrações que exploram técnicas diversas como pintura, colagem, aquarela, desenho e bordado. A mostra apresenta 20 ilustrações de artistas goianos e de outras regiões do Brasil. "Essa exposição foi pensada para celebrar esse momento, tentar reunir algumas pessoas que se interessam pelo trabalho de ilustração. Tem alguns artistas daqui de Goiânia e tem duas ilustrações da Mariana e da Ciça. É uma exposição pequena mas com obras belíssimas." afirma a curadora, professora Cássia Oliveira.


As obras estão fixadas no segundo andar da Biblioteca Central da Universidade Federal de Goiás, e permanecerão até o dia 31 de outubro. "É algo muito interessante, as técnicas utilizadas são surpreendentes e embeleza o ambiente da biblioteca" disse o estudante Lucas Fernandes.


Mariana Massarani convidada especial da edição, é um grande nome da ilustração brasileira. Ilustradora carioca, já ilustrou mais de 200 livros infanto juvenis e é vencedora de 3 prêmios Jabuti. Seu desenho na exposição, utiliza técnica de pintura com pena, nanquim e tinta e mostra os personagens do livro infantil Enreduana, produzido juntamente com Roger Mello. "Para mim é uma honra estar em uma universidade pública falando sobre ilustração e livro infantil. Nos últimos anos o livro infantil deu um 'boom' muito grande no Brasil. E é uma coisa muito importante, o primeiro livro e as artes plásticas para criança." disse a artista.


Ciça Fittipaldi, ilustradora paulista, também premiada com 3 prêmios Jabuti, teve obras obras traduzidas e publicadas para o México, Argentina, Venezuela, Alemanha e Estados Unidos de acordo com o site da artista. Com a técnica de desenho com areia, suas ilustrações remetem a traços da arte indígena, como mostra sua obra presente na exposição.






Fotos: Ana Lívia Rodrigues

Veja mais obras na galeria do site



O BANQUETE DE LIVROS


A reedição do Banquete de Livros, aconteceu nos dias 8 e 9 de outubro, com o tema "O objeto livro na literatura infantil". "Quem organiza o Banquete de Livros é a professora Graça, agora vem essa edição bem reduzida, a gente tem a exposição, a presença da Mariana Massarani e da Ciça Fittipaldi em uma meda redonda discutindo o livro infantil e uma oficina sobre a construção da narrativa pela imagem com a Alana Oliva" explica Cássia.

"O livro infantil é um objeto muito singular que merece atenção e não há como a gente uniformizar os suportes de informação achando que daremos a eles tratamentos únicos por isso o tema escolhido." disse a idealizadora do projeto, professora Maria das Graças Monteiro.


A roda de conversa que fez parte da programação do evento trouxe a discussão do tema, abrangendo o universo literário infantil tais com suas dificuldades como uma censura recente, relata Maria das Graças. A mesa redonda contou com a presença do reitor da UFG, Edward Madureira e Angelita Lima diretora da Faculdade de Informação e Comunicação. Também foi exposto ao público um acervo de livros infantis de diversos autores e ilustradores brasileiros.


A reedição do evento é uma iniciativa do Laboratório do Livro, Leitura e Biblioteca em parceria com o Instituto de Leitura Quindim / Foto: Ana Lívia Rodrigues


A exposição será exibida até o dia 31 de outubro na Biblioteca Central da Universidade Federal de Goiás, confira a localização no mapa abaixo:




O movimento que acontece todos os anos em outubro mobiliza artistas amadores e profissionais do mundo todo.



Existem grupos que se inspiram em temáticas especificas como jogos, livros, filmes etc para criar listas personalizadas. // Lista Oficial Inktober 2019 - Imagem: Inktober Brasil via Instagram

Inktober é um desafio artístico anual, que acontece no mês de outubro e tem como intenção "31 dias, 31 desenhos" ou seja, o artista deve criar um desenho por dia e publica-lo nas redes sociais todos os dias. A proposta pode ser aderida por qualquer pessoa, sendo profissional ou não. As regras são simples: desenhar, postar, repetir.

Em setembro é divulgada no site oficial do Inktober uma lista com 31 palavras variadas que servem como temas para inspirar o participante a desenvolver suas habilidades com o desenho. Entretanto segundo o site, é válido a criação de uma lista própria.


Inicialmente o intuito do Inktober era criar ilustrações feitas com tinta – por isso o nome Ink (tinta em inglês) e tober (relativo ao mês de outubro em inglês) – mas hoje é aceito qualquer material. "O espírito do desafio é muito aberto para as pessoas serem criativas em quais ferramentas elas usam, como as usam e o que criam" informa no site. Os desenhos do desafio podem ser postados utilizando hashtags #inktober e #inktober2019 ou apenas compartilhado entre amigos.


"Criei o Inktober em 2009 como um desafio para melhorar minhas habilidades de tinta e desenvolver hábitos positivos de desenho." manifesta Jake Parker, o artista estadunidense idealizador do projeto em seu site. Davi Sanches, mora em São Paulo, tem 14 anos e esse ano participa do Inktober "Vi que o Inktober é uma forma de você praticar o desenho com tinta, e ainda praticar a criatividade, isso é muito bom pra mim que estou começando a desenhar profissionalmente" relatou.

Inktober 2019 dia 1 - Tema "Anel"
Alguns participantes optam por realizar seus desenhos inspirados nos traços de artistas famosos. Imagem: Andre Kranz/ via Instagram

Os artistas profissionais também topam participar. André Kranz, reside em Curitiba e trabalha como ilustrador. "Artisticamente é muito interessante, pois não há muito tempo para elaborar, os temas são bem arbitrários o que instiga muito a criatividade e exige muito do feeling do artista." disse.


O uso da hashtag #inktober2019 no Instagram está atualmente contabilizando 3,3 milhões de posts. A visibilidade é positiva aos artistas, diz Isabela Denoni que faz parte da equipe do Inktober Brasil e esse ano também participa postando suas ilustrações diárias. "O primeiro motivo é o desafio e desenvolvimento técnico que traz. Pensar fora da caixinha, desenhar coisas desafiadoras" acrescentou.


Davi Sanches via Instagram / Inktober dia 2 "Irracional"


Natália Fanchini via Twitter / Inktober 2019

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