
Aprovado pelo edital do Fundo Municipal de Cultura, com o objetivo principal de estimular o desenvolvimento de expressões artísticas visuais em Anápolis, surge o "Entremeios: Mostra de produções artísticas independentes". O projeto unirá obras como pintura, desenho, arte digital, arte urbana, fotografia, colagem e demais obras visuais dialogadas com a cultura contemporânea como cultura pop, quadrinhos, underground, de rua games entre outras.
As obras serão selecionadas por uma comissão para a exposição que ocorrerá no Museu de Artes Plásticas de Anápolis - MAPA, de janeiro a março de 2020.
A Entremeios acontecerá em duas fases, "Na primeira etapa vamos selecionar 12 artistas, depois esses artistas vão passar por umas oficinas e orientações quanto ao trabalho. Desses 12 aproximadamente 6 serão selecionados para ir para a mostra" explica Paula Dunck, produtora do projeto. Paula é aluna da Escola de Artes Oswaldo Verano, e trabalhou anteriormente com gestão de projetos de terceiros. Entretanto esse é o primeiro desenvolvido por ela.

Além da oportunidade de divulgação, dentre as vantagens da iniciativa a produtora cita o fato de que é um meio para o artista anapolino garantir seu espaço e não precisar buscar a visibilidade em outras cidades como Goiânia, Brasília ou São Paulo. "E de benefício bem específico do projeto é o fato de que o artista não vai ter custo, nós vamos custear algumas coisas como impressão, moldura, a gente vai dar orientação em relação a isso. O projeto é gratuito." afirmou.

"Agora com a Entremeios, vamos poder expor na cidade também os artistas que têm uma produção atual, mas que é independente das questões institucionalizadas da arte que está nos livros, nos museus e galerias." afirma Joardo Filho, orientador na Escola de Artes Oswaldo Verano, participante da comissão de seleção e oficinas.
A ARTE ENTRE OS MEIOS
Paula conta que o termo "arte independente" tem sido uma construção para a equipe, porque não existe literatura falando sobre o tema em específico. Ela pondera que estão pensando em todas as linguagens e técnicas visuais que se relacionam com as linguagens contemporâneas como cultura underground, de rua, games, arte conceitual, arte documental entre outras.
A escolha do nome para o projeto, segundo a produtora, surgiu em meio a discussões a respeito da definição do que seriam as artes independentes na cidade.
"Nós temos três instituições bem formadas na cidade. Temos a Escola de Arte, que trabalha principalmente com arte mais clássica, mas a gente percebeu lá dentro que tem muito aluno que aprende a arte clássica mas desenvolvem outras artes, muito voltadas pro quadrinho, pro game, pra gravura e pra algumas outras temáticas. E temos outras duas instituições que é o MAPA e a Galeria de Artes Antônio Sibasolly, e elas trazem muito da arte contemporânea institucionalizada. E a gente falou brincando que algo fica no meio disso. E o José Loures acabou sugerindo falando assim "É alguma coisa que fica entre meio ali" e acabou ficando esse nome." explica.